Cerca de duas horas e meia atrás, o clássico Atletiba válido pela penúltima rodada do segundo turno do campeonato paranaense acabou, com o placar de 3 x 1 para o Atlético/PR.
Quem me conhece sabe que sou um corneta inveterado, que critico mesmo, e em alguns momento até de forma exagerada. Porém, sempre defendendo as minhas convicções, acho que qualquer um é assim, e não me julgo por isso. Mas hoje não assumirei esta postura por um motivo muito simples: não pude assistir o jogo, pois este direito me foi cerceado por um coronel que comanda o futebol paranaense. Me basear por narrações de rádio seria um equívoco, pois elas são carregadas de emoção, e este sentimento somado ao meu poderia gerar uma interpretação errada dos fatos.
No entanto, o placar de 3 x 1 para o time B do Atlético/PR é o que posso definir como "A crônica da ilusão anunciada". É fácil chegar nesta conclusão pelas reações pós jogo da torcida vitoriosa, a qual enche o peito para falar que se ganhou o maior clássico do estado com seu time B, imagine se estivesse com o time A?
Vou voltar um pouquinho no tempo, lá em 2011, quando o Verdão teve um dos melhores times que eu tive a oportunidade de ver jogar. Lembro-me como se fosse ontem do gol do Jeci contra o Avaí aos 38 minutos do segundo tempo, quando o Glorioso deu um passo gigantesco rumo a vaga para a Libertadores de 2012. Bastava uma vitória simples contra o arquirrival já praticamente rebaixado, que a vaga estava assegurada. Porém, veio a última partida, e toda aquela atmosfera criada no jogo anterior virou ilusão, pois perdemos de forma até certo ponto ridícula para um rival claramente inferior.
Voltando ao clássico de hoje, é óbvio que apesar do placar, o time rival continua tendo uma equipe sofrível, que depende muito mais do apoio de sua torcida para ganhar uma partida do que propriamente da sua capacidade em resolvê-la. Não vou tirar os méritos do mesmo, pois deve ter feito por onde para alcançar a vitória que conseguiu, mas esta é a verdade, queiram aceitar ou não.
Por outro lado, no Verdão nem tudo é terra arrasada, nem tudo está totalmente errado e nada está perdido, pois afinal de contas, já estamos na final do campeonato. Obviamente que uma derrota dessas mexe com o clube e o elenco, e tem que mexer mesmo, gerar indignação e revolta pela derrota. Mas nosso torcedor, por mais apaixonado que seja, tem que enxergar que para alcançarmos os objetivos anunciados pela diretoria no início da temporada, a necessidade de reforçar o elenco fica mais evidente, pois um Alex e um Rafinha somente não fizeram, não fazem, e nunca farão o verão pretendido pelo torcedor coxa-branca.
Continuaremos apoiando incondicionalmente o elenco e a diretoria, mas talvez precisemos viver um pouco menos desta "ilusão anunciada", trabalhando o presente unidos para que um dia esta "ilusão" se torne de fato realidade.
SAV
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