17 de dezembro de 2012

A Conquista do Mundo: 17 de dezembro de 2006, o dia em que o mundo ficou vermelho


A seis anos Inter era campeão Mundial da FIFA

  
     O dia 17 de dezembro de 2006 poderia ser considerado por muitos apenas mais um dia qualquer, mas para aqueles 23 jogadores que após a batalha vivida dias antes contra o Al-Ahly, e anteriormente na Libertadores da América de 2006, os mesmo que se deslocaram mas de 60 mil quilômetros, que deixaram as famílias no Brasil, em busca de um sonho. Aqueles que alem de representar uma Instituição chamada Sport Club Internacional, representaram uma nação de cerca de 3 milhões de torcedores de vários cantos do mundo.
     Não foi um dia qualquer, a mobilização de uma nação que existia na manhã daquele domingo de dezembro, transformou ruas em verdadeiros mares vermelhos, fez com que pessoas desconhecidas se unissem em busca de um único desejo, o de ser Campeão Mundial. O sofrimento que não podia ser contido a cada minuto que antecedia aquela partida era retratado no rosto de cada um que vivenciava aquele momento, os instantes antes de pisar o gramado do estádio Internacional de Yokohama, já previam o que estava por vim, a emoção de 67,128 torcedores que puderam assistir das arquibancadas, um dos jogos mais emocionantes da história do futebol mundial. Aquele momento fez com que cada atleta que vestiu naquele dia aquela camisa branca e vermelha, lembrasse  do dia 05 daquele mesmo mês, quando ainda estavam no ônibus em direção ao aeroporto, para pegar o avião rumo ao Japão e milhares de torcedores cercaram os cercaram para apoiar e motivar em busca do titulo.
Alexandre Pato deu trabalho para a marcação do Barça
     Por outra lado tentavam manter a concentração e foco para conseguir o objetivo, que muitos diziam ser impossível, pois do outro lado do gramado estava um dos maiores jogadores da história, em um dos maiores times da história. A única forma de terminar com a ansiedade era começar logo a partida e quando o arbitro Carlos Batres deu inicio ao que seria o maior feito da história do clube, a ansiedade se transformou em dedicação e empenho. A cada bola disputada, a cada chance perdida, o coração de cada um batia mais forte, o que dizer então daquele garoto de apenas 17 anos, nascido em Pato Branco no Paraná, que em apenas dois jogos se tornou um ídolo nacional, como o jovem Alexandre pato iria se concentrar na partida, sabendo que em um momento você pode passar de herói a vilão. O jeito era dar o seu máximo, até que o seu corpo não aguentasse mais, fazer com que aquela batalha, fosse a batalha da sua vida e foi isso que ele fez, com dedicação até o meio da segunda etapa quando cansado, deu lugar a outra jovem promessa.
Adriano Gabiru entrou no 2º tempo e marcou o gol do título
     O capitão, ídolo e experiente Fernandão também estava exausto e deu lugar a quem seria o protagonista daquela decisão, Adriano Gabiru conhecido por poucos, menos badalado ainda pela imprensa entrou para transformar os 15 minutos finais do combate, nos 15 minutos mais importantes da história do clube. Queria o destino que o gol acontecesse de um lance despretensioso, um chutão da zaga para o ataque que acabou nos pés de Iarley, que como uma fecha partiu em direção ao gol, com o drible fantástico passou pelo melhor marcador do mundo e serviu Adriano Gabiru, o mesmo desconhecido por muitos e ele em chute indefensável, transformou aquele gol no momento mágico, o mais importante da história do clube e daqueles 23 jogadores. A emoção tomou conta, de quem estava no estádio e de quem do outro lado do mundo acompanhava aquele momento histórico.
Fernandão levanta a Taça do Mundial
     Veio o apito final e não era possível conter as lagrimas, jogadores, diretores, dirigentes, todos estavam as lagrimas no gramado de Yokohama, no momento que a taça foi erguida, o Inter entrou de vez para o Hall dos grandes times do mundo.
     O momento mais emocionante ainda estava por vim, na viajem de volta ao Brasil, um momento mágico tomou conta do Rio Grande do Sul, a cidade de porto Alegre estava “pintada” de vermelho e branco, quando os jogadores desembarcaram no aeroporto e desfilaram no carro de bombeiros, um mar vermelho tomou conta das ruas da cidade, um momento nunca visto antes, por todos os cantos do país torcedores faziam festa, era o momento mais esperado do clube sendo escrito naquele ano, um momento que nunca será esquecido por ninguém que vivenciou essa história.


Confira o grupo que conquistou o titulo inédito

De pé: Alexandre Pato, Índio, Edinho, Wellington Monteiro, Fabiano Eller e Clemer;
Agachados: Cerá, Iarley, Alex, Fernandão e Rubens Cardoso.

Goleiros
1 - Clemer
12 - Renan
22 - Marcelo Boeck

Laterais
2 - Ceará
6 - Martín  Hidalgo
21 - Elder Granja
15 - Rubens Cardoso

Zagueiros
4 - Fabiano Eller
3 - Índio
13 - Ediglê

Volantes
8 - Edinho
5 - Wellington Monteiro
14 - Fabinho
20 - Perdigão
17 - Vargas

Meias
16 - Adriano 
7 - Alex

Atacantes
9 - Fernandão
10 - Iarley
19 - Léo
23 - Michel
18 - Luiz Adriano
11 - Alexandre Pato

Comissão técnica

Treinador: Abel Braga
Auxiliar técnico: Leomir de Souza
Auxiliar técnico e observador: Roberto Moreno
Preparador físico: Paulo Paixão
Preparador de goleiros: Ilo Roxo
Auxiliar de preparação de goleiros: Giuliano Roxo
Treinador de bola parada: Chico Fraga
Coordenador de preparação física: Élio Carravetta
Auxiliares de preparação física: Anderson Paixão e Eduardo Silva
Fisioterapeutas: César Abs e Túlio Menezes
Médicos: Carlos Poisl, Luciano Ramires e Luiz Crescente
Nutricionistas: Lenice Carvalho e Cintia Carvalho
Motivador: Evandro Mota
Assessor de Imprensa do Futebol: José Evaristo Villalobos
Assistente social: Patricia Lague
Massagistas: Paulo Renato (Banha) e Juarez Quintanilha
Roupeiros: Gentil Passos e Ismael da Silva
Seguranças: Osmair Silva e Artur Borges

Vice-presidente de Futebol: Vitório Piffero
Diretor Executivo de Futebol Profissional: Newton Drummond
Supervisor de logística: Adriano Loss
Gestão do presidente Fernando Carvalho 2002-2006

Veja todas as imagens do Inter no Japão:

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