24 de maio de 2012

Fluminense 1x1 Boca Juniors - Sonho interrompido




Fluminense e Boca Juniors se enfrentaram nesta quarta-feira (23), em partida válida pelas quartas-de-final da Libertadores da América. Na primeira partida, Boca Juniors 1x0 Fluminense.


Ninguém podia imaginar. Tudo dava certo para o tricolor. Mesmo com desfalques, o Fluminense, aguerrido, jogava como se fosse a última partida da história do clube. Jogou muito, lutou muito, mas faltou gol. Acabou sendo castigado.

No início, o que se via era um time determinado a acabar mais uma vez com o time argentino. Na base da raça, o Fluminense tomava a iniciativa da partida e não dava espaços para o Boca respirar. Na arquibancada, uma festa linda. Junto com o time, a torcida progredia rumo ao gol. Quando o Boca encostava na bola, eram vaias unânimes, todos hostilizavam. Fazendo muitas faltas, o Boca abusou do limite e o gol tricolor saiu. Carleto, que havia dito que seu pai sonhou com um gol dele, chutou, a bola desviou em Rivero e mansamente encontrou o canto do gol. O Engenhão explodiu de emoção, 1x0 Fluminense. Com o resultado a partida seguiria para os pênaltis. O Fluminense precisava de mais um gol, o Boca também.

Empolgado com o gol, o Fluminense jogou ainda mais bola do que já vinha jogando. Não se via Boca Juniors, não se via Riquelme. As tentativas de gol e as roubadas de bola na raça eram premiadas com os gritos de incentivo da torcida tricolor. Até ali era uma noite perfeita, tudo se encaminhava para um final feliz.

Sem chances claras, o Fluminense dominava a partida, mas ainda se via na obrigação de fazer pelo menos mais um gol. Enquanto do lado argentino, o anti-jogo era lei. Seja agredindo, fazendo rodízios de falta, ou até com o mesmo jogador, Santiago Silva, que fez no mínimo umas 15 faltas e só levou cartão amarelo no final da partida. A omissão da arbitragem quanto a isso irritava. Mas o Fluminense não se rendeu.

O segundo tempo veio e com ele, um Boca Juniors mais ofensivo, conseguindo jogar nos primeiros minutos. Mas nada que preocupasse de verdade o arqueiro tricolor Diego Cavalieri. O Fluminense continuava a jogar muito no quesito marcação, empolgava a todos, mas deixava a desejar lá na frente.

Se vendo na obrigação de comandar o time, Thiago Neves teve altos e baixos na partida. Em um momento alto, o meia fez bela jogada pela esquerda e chutou forte em direção a área, a bola passou por todo mundo. Em outra situação, Thiago novamente pela esquerda chutou, o goleiro Órion espalmou no reflexo e a zaga conseguiu afastar o perigo. Naquele momento da partida, Abel já havia colocado Wellington Nem. O jovem craque não teve muitas oportunidade e nada acrescentou ao time.

O jogo esfriou e a ideia de ir para os pênaltis já era absorvida pela torcida, mas não por Abel Braga. Aos 44, trocou Rafael Sóbis por Marcos Júnior, dando a entender que queria a todo custo o segundo gol. Para muitos, troca equivocada. Mas isso acabou sendo inútil perto do castigo que viria 1 minuto depois.
Após uma roubada de bola, o Boca saiu rápido e pela primeira vez trocou passes, até que caiu nos pés de Riquelme, que passou com perfeição para Mouche, o atacante avançou e chutou forte em cima de Diego Cavalieri. A bola veloz bateu no goleiro, explodiu na 2ª trave, explodiu na primeira, nas mãos de Cavalieri e sobrou na grande área para Santiago Silva, que fez trocentas faltas e não foi expulso calar o Engenhão.

O Boca Juniors, que não jogou absolutamente nada, conseguiu a classificação nos acréscimos. O Fluminense, que o tempo todo foi perfeito na marcação, foi infantil em não parar a jogada ainda no meio-campo. Naquele momento, o árbitro lambão que aceitou o anti-jogo não faria absolutamente nada.

Sem chão, os jogadores demonstravam uma face perplexa. Era inacreditável, extremamente surreal. Palavras que seguiam o Fluminense para o lado positivo, na noite passada resolveram mudar de lado. O Fluminense era eliminado da Libertadores aos 46' do segundo tempo, faltando 1 minuto para o fim da partida.

Após o apito final de Enrique Osses, a torcida tricolor teve mais um gesto de grandeza e aos gritos de ''NENSE'', apoiavam o time guerreiro do Fluminense que lutou o tempo todo.

O Fluminense e sua torcida, que tinham em seus corações a confiança de que esse ano viria a Libertadores, viram pela 3ª vez nos últimos anos o time ficar pra trás. Mas não por ter jogado pouco, não por ter se encolhido. Jogar Libertadores e consequentemente ganhá-la vai além de 90 minutos, de jogadores. O elenco formado para esse torneio é um dos melhores do país e com certeza da América. Pra quem enfrentou um gigante do torneio, sem seus principais jogadores, como Fred e principalmente Deco, o Flu fez demais. Orgulhou e encheu os olhos de quem esteve no Engenhão.

Agora o Fluminense volta seu foco para o Campeonato Brasileiro, aonde tem grandes chances de voltar a Libertadores ano que vem.

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